I
A
Lê com atenção o texto que se segue e responde com frases completas e bem estruturadas às perguntas:
Exmo. Sr. Chefe de repartição de finanças de Sabugal João Miguel Teixeira, contribuinte fiscal nº 342129045, residente na Rua José Relvas, nº 65, 3º D, Sardoal, tendo sido notificado do valor tributável atribuído à sua fração autónoma, sita em Sabugal, Lote 19, freguesia de sabugal, inscrita na matriz sob o artigo 805 e descrita na caderneta de avaliações nº 599 sob o nº 62, vem, por este meio, requerer a V. Exª. que se digne mandar proceder à 2ª avaliação do referido prédio nos termos do artigo 279 do Código da Contribuição Predial e do Imposto sobre a Indústria Agrícola, em virtude de achar exagerado o valor atribuído na 1ª avaliação, com os seguintes fundamentos: 1. O prédio que contém a referida fração localiza-se numa zona suburbana de fraca acessibilidade. 2. Neste local é impossível obter o rendimento anual de € 3 694,75. Solicito, assim, que seja considerado o valor patrimonial de €15 749,64 para a referida fração. Para o efeito, indica para seu louvado[1] Sr. José Manuel da Conceição Justo, contribuinte nº 333178901, residente na Rua Alves Redol, nº 16, A, Sardoal. Pede deferimento, Sardoal, 26 de setembro de 2009 O Requerente, _______________________________________________ |
1. Identifica a tipologia textual do texto apresentado.
2. Identifica o seu destinatário.
3. Apresenta a causa desta petição.
4. O requerente apresenta dois argumentos que justificam o seu pedido.
4.1. Indica-os.
4.2. Explica o sentido da expressão “zona suburbana de fraca acessibilidade”.
5. Explicita o significado de “Pede deferimento”.
6. Delimita as três partes em que o texto se estrutura.
7. Transcreve três vocábulos específicos deste tipo de documento.
B
Num texto bem estruturado entre 50 e 80 palavras, elabora um requerimento dirigido ao coordenador da biblioteca da tua escola para requisitares um volume valioso que se revele fundamental para um trabalho de investigação.
II
1 5 10 15 20 25 30 | A sobrevivência do papel O fim do papel tem sido sucessivamente anunciado, por vezes por arautos[2] do progresso, na maioria dos casos por saudosos do passado. O fenómeno não é novo e tem-se repetido sempre que um novo meio de comunicação aparece. Quando Thomas Edison inventou o fonógrafo, imaginou que ele seria utilizado para fazer circular mensagens dentro das empresas e reduzir o uso de papel. Quando apareceu a TSF[3] falou-se do fim da imprensa. Quando apareceu a televisão previu-se o fim da rádio. Na realidade, há meios de comunicação que desaparecem quando surgem outros que cumprem melhor a respetiva função. É o caso do telex, que não resistiu à invenção do faxe e do correio eletrónico. Mas há os que subsistem, porque permitem usos que outros meios não conseguem substituir. O caso do papel é um dos mais curiosos. Os países que têm as redes de computadores mais desenvolvidas são precisamente aqueles onde as taxas de leitura dos jornais e dos livros são mais elevadas — é o que se passa com os Estados Unidos e alguns países do Norte da Europa. E os países onde a informatização dos escritórios está mais desenvolvida — que coincidem essencialmente com os anteriores — são aqueles onde o consumo do papel continua a subir. Entre 1995 e 2000, anos de grande progresso da informatização, o consumo per capita do papel de escritório nos Estados Unidos subiu quase 15%. (…) O computador (…) está a permitir resolver o problema com que se começaram a debater os escritórios do século XX: a necessidade de arquivar documentos de forma a poder recuperá-los sem dificuldade. Mas isso apenas significa que é preciso arquivar menos papéis e não que será necessário usá-los menos. No escritório, o papel permite desenvolver um processo de colaboração entre as pessoas que o computador não substitui. Hoje quase toda a gente escreve os documentos diretamente no teclado, mas depois imprime os rascunhos, revê-os, discute-os e anota-os no papel impresso. A informalidade e visibilidade das notas manuscritas são insubstituíveis. O manuseio[4] do papel adapta-se bem ao nosso processo de pensamento. Começamos por ficar a par da existência de uma questão quando pegamos pela primeira vez num documento. Depois, percebemos os contornos do problema ao lê-lo na diagonal. Finalmente, organizamos a nossa resposta regressando ao documento, folheando-o, lendo-o e relendo-o seletivamente. As pilhas de papel nas secretárias permitem também pensar com base no seu aspeto e na sua disposição física. As pilhas mais urgentes estão naturalmente mais perto da pessoa, outras estarão mais afastadas. As provas mais claras da sobrevivência do papel são os pequenos autocolantes amarelos. Há quem neles escreva as suas notas e — ironia!— os cole depois no ecrã do computador. Nuno Crato, Passeio aleatório pela Ciência do Dia-a-Dia, 3ª ed., Gradiva (texto com supressões) |
1. Para cada um dos itens seguintes, escolhe a alínea que corresponde à opção correta, de acordo com o sentido do texto.
1.1. Através do recurso à repetição da conjunção subordinativa “quando”, nas linhas 3 a 5, o autor pretende
a. conferir ao seu texto um tom literário.
b. salientar exemplos que ilustram a sua afirmação anterior.
c. evidenciar a importância do papel no nosso dia-a-dia.
1.2. A expressão “Na realidade” (l. 6) é usada para
a. insistir nas ideias já expostas.
b. chamar a atenção do leitor para o que se passa à sua volta.
c. mostrar a diferença entre aquilo que se pensa e aquilo que acontece.
1.3. Na frase “O caso do papel é um dos mais curiosos” (l. 10), o adjetivo refere-se
a. ao facto de o papel ser um objeto raro interessante.
b. à curiosidade que o papel suscita nos seus utilizadores.
c. à estranheza que o autor revela pelo facto de o fim anunciado do papel não se ter concretizado.
1.4. O travessão, nas linhas 13 e 32,
a. tem valores diferentes, já que, no primeiro caso, acrescenta-se uma informação, tornando-a mais precisa e, no segundo, faz-se um comentário.
b. tem exatamente o mesmo valor.
c. tem valores diferentes porque, na primeira ocorrência, o autor acrescenta informação e, na segunda, o discurso direto.
1.5. No excerto “mas depois imprime os rascunhos, revê-os, discute-os e anota-os” (l. 23), o pronome pessoal é usado para
a. evitar a repetição do seu antecedente “rascunhos”.
b. tornar mais evidente a importância dos rascunhos.
c. Evitar a repetição do nome “documentos”.
1.6. A expressão “ler em diagonal” (l. 27) significa
a. observar com toda atenção os pormenores de um texto.
b. ler um texto pelo prazer da leitura.
c. procurar as principais informações de um texto, através de uma leitura rápida.
1.7. No penúltimo parágrafo do texto as expressões “Começamos por…”, “Depois…” e “Finalmente…” são marcadores discursivos que
a. evidenciam ideias alternativas.
b. organizam as ideias por ordem sequencial.
c. indicam uma condição.
1.8. Na frase “O manuseio do papel adapta-se bem ao nosso processo de pensamento.” (l. 25) estamos perante um ato ilocutório
a. declarativo.
b. assertivo.
c. compromissivo.
2. Identifica, nas frases que se seguem, a(s) função(ões) sintática(s) da(s) expressão(ões) sublinhada(s):
2.1. “O fim do papel tem sido sucessivamente anunciado, por vezes por arautos do progresso, na maioria dos casos por saudosos do passado.” (ll. 1-2).
2.2. “Quando apareceu a TSF falou-se do fim da imprensa.” (l. 5).
2.3. “Começamos por ficar a par da existência de uma questão quando pegamos pela primeira vez num documento.” (ll. 25-26).
2.4. “Finalmente, organizamos a nossa resposta regressando ao documento, folheando-o, lendo-o e relendo-o seletivamente.” (ll. 27-28).
III
Seleciona uma das hipóteses:
A- Num texto bem estruturado, com um mínimo de cento e trinta e um máximo de cento e sessenta palavras, redige uma declaração dos direitos do aluno.
B- Num texto bem estruturado, com um mínimo de cento e trinta e um máximo de cento e sessenta palavras, redige uma declaração dos direitos do cidadão.
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Atenção: *Antes de redigires o texto, esquematiza, numa folha de rascunho, as ideias que pretendes desenvolver na introdução, no desenvolvimento e na conclusão (planificação);
*Tendo em conta a tarefa, redige o texto segundo a tua planificação (textualização);
*Segue-se a etapa de revisão, que te permitirá detetar eventuais erros e reformular o texto. Para tal, consulta o conjunto de tópicos que a seguir te apresento:
Tópicos de revisão da Expressão Escrita | Sim | Não |
Respeitei o tema proposto? | ||
Estruturei o texto em introdução, desenvolvimento e conclusão? | ||
Respeitei as características do tipo de texto solicitado? | ||
Selecionei vocabulário adequado e diversificado? | ||
Utilizei um nível de linguagem apropriado? | ||
Redigi frases corretas e articuladas entre si? | ||
Respeitei a ortografia correta das palavras? | ||
Respeitei a acentuação correta dos vocábulos? | ||
Identifiquei corretamente os parágrafos? | ||
A caligrafia é legível e sem rasuras? |
COTAÇÕES:
Grupo I………………………………………… 100 pontos 1…………………………………………… 5 pontos (C=3+O=2) 2…………………………………..………. 5 pontos (C=3+O=2) 3.…………………………………………..15 pontos (C=10+O=5) 4.1…………………………………………..10 pontos (C=6+O=4) 4.2…………………………………………. 7 pontos (C=4+O=3 | 5……………………………..…… 7 pontos (C=4+O=3) 6………………………………... 15 pontos(C=10+O=5) 7………………………………………………… 6 pontos Grupo II ……………………………………….. 50 pontos 1………………………………………………… 32 pontos 2………………………………………………… 18 pontos Grupo III…………….………... 50 pontos (C=30+O=20) |
Conteúdo = C Organização e Correcção Linguística = O
BOM TRABALHO! A DOCENTE: Lucinda Cunha
Correção do teste
I
A
1. Este texto é um requerimento.
2. O seu destinatário é o chefe da repartição de finanças do Sabugal.
3. O requerente, João M. Teixeira, considera muito elevado o valor tributável atribuído à sua fração de terreno, solicitando uma reavaliação.
4.1. Os dois argumentos apresentados são a fraca localização da propriedade e a desadequação do rendimento anual apontado.
4.2. O terreno situa-se nos arredores da cidade, numa região com poucos transportes, logo de difícil acesso.
5. A expressão significa que o requerente solicita a aprovação do seu pedido.
6. O texto estrutura-se em três partes: abertura (“Exmo. Sr” até “Finanças de Sabugal”), encadeamento (“João Miguel Teixeira…Sardoal”), fecho (“Pede deferimento” até ao fim).
7. “requerer”, “se digne”, “solicito”, “deferimento”, “requerente”.
(as questões deste grupo foram retiradas do manual Página Seguinte, 10º ano)
B. Resposta aberta.
II
1.1.- b; 1.2.-a; 1.3- c; 1,4- a; 1.5- a; 1.6- c; 1.7- b; 1.8- b. (questões retiradas do manual Entre margens 10- exceto a 1.8).
2.1. complemento agente da passiva; 2.2. sujeito simples; 2.3. complemento oblíquo; 2.4. complemento direto.
III
Resposta aberta.
Ajudou-me muito no estudo para o meu teste , mas tenho uma sugestão: no fim de cada post colocar um linkk para o download do teste em word ou pdf :)
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