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Sei que há muita gente que consulta este blogue e utiliza os materiais aqui publicados, mas poucos deixam comentários e eu gostava mesmo de saber a vossa opinião... :-) textosintegrais@gmail.com

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Proposta de oficina de escrita

A propósito do Auto da Barca do Inferno, solicitar aos alunos que escolham uma das personagens que foram condenadas. Deverão escrever uma carta ao rei a pedir clemência e o perdão e a linguagem utilizada deve respeitar o seu estatuto social.
Aqui fica um exemplo de uma carta escrita por uma aluna do 9º ano:

Arrais do Inferno, Século XVI
Vossa Majestade:
                Queira, por favor, atender a súplica destes vossos servos, o Corregedor e o Procurador. Estamos aqui, na barca do demo, perante figuras leigas e ignorantes que muito ofendem a nossa condição superior e o vosso prestígio, uma vez que somos vossos representantes.
                Fomos injustamente condenados a uma vida de suplícios no Inferno, nós que sempre procurámos exercer o poder judicial com toda a honestidade e clareza. Contrariamente ao que o diabo afirma, nós nunca cometemos a indignidade de aceitar subornos que condicionassem as nossas decisões.
                Aguardamos que o nosso pedido seja deferido por Vossa Excelência, desejando-lhe boa saúde e o aumento do nosso grandioso império.

                Com os nossos mais respeitosos cumprimentos,
Corregedor e Procurador.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

OBRIGADA A TODOS!!!!

Receber 100 000 visitas em quatro meses é fantástico!!!!!! E bom sinal ;-) ainda há quem estude para a disciplina de Língua Portuguesa /Português (é que há muitos meninos /as que acham que não é preciso...).
Para comemorar, fica aqui uma brincadeira: uma crónica do Ricado Araújo Pereira, cheia de "põntapés na gueramática" para vocês corrigirem. É o que se chama "aprender a brincar" :-)
 
U omãi qe dava pulus (i põtapés na gueramática)          
 

"Ser visto e ser ouvisto pelos portugueses é também uma razão de justificar o investimento" - Miguel Relvas
 
 
            A gente somos um país muita curioso. Houveram eleições e, com base no que tínhamos visto e ouvisto na campanha eleitoral, votámos maioritariamente nos partidos que assinaram com a troika um acordo, digamos, difícil de cumprir. Mas hádem dizer-me quantos são, mesmo entre os que votaram no seu partido, aqueles que admiram, respeitam ou sequer toleram o trabalho e a figura de Miguel Relvas. O ministro não parece ser muito popular, derivado do seu envolvimento em alguns escândalos como, por exemplo, o da licenciatura. Mas nem por isso deslarga o poder. Entrou para dentro do Governo, há dois anos atrás, e ninguém o tira de lá. Para fora.
           Prontos, mas as pessoas não são só defeitos. E Miguel Relvas tem o grande mérito de constituir um exemplo, parece-me a mim. Muitos desempregados não conseguem arranjar emprego por causa que têm habilitações a mais. Miguel Relvas obteve o seu emprego mesmo tendo claramente habilitações a menos. Apontou para baixo e foi bem sucedido. Estabeleceu um objectivo mais modesto e atingiu-o. E ainda o acusam de ser muito ambicioso...
            Os cortes no Estado social não são uma necessidade de poupança, são uma estratégia de futuro. Relvas deseja que o Governo faça cortes na educação porque ele próprio cortou na sua e venceu. Conhece, por experiência própria, as vantagens de desinvestir na educação. É um exemplo de sucesso de deformação profissional. Como cidadões, temos muito a aprender com ele. Ou a desaprender, já não sei.
             Soares fala mal francês, Sócrates falava mal inglês e espanhol, e Relvas fala mal português. Quase todos os políticos que nos governam hoje falam mal português, aliás. Veja-se o caso de Angela Merkel. Saberá dizer duas, três palavras no máximo. Os nossos dirigentes sempre tiveram um problema com as línguas. E, tendo em conta o estado em que o país se encontra, também não parecem ser melhores nos números. Talvez tenham sido daqueles alunos que só eram bons em educação física.


Ler mais: http://visao.sapo.pt/u-omai-qe-dava-pulus-i-potapes-na-gueramatica=f711252#ixzz2KDxWZMjf
 
 
Proposa de correção:
O homem que dava pulos (e pontapés na gramática)

"Ser visto e ser ouvisto pelos portugueses é também uma razão de justificar o investimento" - Miguel Relvas
            Nós somos um país muito curioso. Houve eleições e, com base no que tínhamos visto e ouvido na campanha eleitoral, votámos maioritariamente nos partidos que assinaram com a troika um acordo, digamos, difícil de cumprir. Mas hão de dizer-me quantos são, mesmo entre os que votaram no seu partido, aqueles que admiram, respeitam ou sequer toleram o trabalho e a figura de Miguel Relvas. O ministro não parece ser muito popular, devido ao seu envolvimento em alguns escândalos como, por exemplo, o da licenciatura. Mas nem por isso larga o poder. Entrou para o Governo, há dois anos atrás, e ninguém o tira de lá. Para fora.
            Mas as pessoas não são só defeitos. E Miguel Relvas tem o grande mérito de constituir um exemplo, parece-me a mim. Muitos desempregados não conseguem arranjar emprego por  terem habilitações a mais. Miguel Relvas obteve o seu emprego mesmo tendo claramente habilitações a menos. Apontou para baixo e foi bem sucedido. Estabeleceu um objectivo mais modesto e atingiu-o. E ainda o acusam de ser muito ambicioso...
           Os cortes no Estado social não são uma necessidade de poupança, são uma estratégia de futuro. Relvas deseja que o Governo faça cortes na educação porque ele próprio cortou na sua e venceu. Conhece, por experiência própria, as vantagens de desinvestir na educação. É um exemplo de sucesso de deformação profissional. Como cidadãos, temos muito a aprender com ele. Ou a desaprender, já não sei.
              Soares fala mal francês, Sócrates falava mal inglês e espanhol, e Relvas fala mal português. Quase todos os políticos que nos governam hoje falam mal português, aliás. Veja-se o caso de Angela Merkel. Saberá dizer duas, três palavras no máximo. Os nossos dirigentes sempre tiveram um problema com as línguas. E, tendo em conta o estado em que o país se encontra, também não parecem ser melhores nos números. Talvez tenham sido daqueles alunos que só eram bons em educação física.

PODIA SER DESTA MANEIRA? PODER, PODIA, MAS NÃO ERA  MESMA COISA! ;-)