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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ficha de gramática- corrigida

O tempo não tem dado para publicar aqui as minhas apreciadas fichas, mas fiz um esforço e aqui está a última: são 30 perguntas de escolha múltipla de gramática (com a correção no final). Ideal para quem gosta de, em casa, reforçar o que sabe, mas também para os meus colegas aplicarem nas suas aulas. ;-) Bjinhos!!!!



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Um conto da Ásia

As sete estrelas da Ursa Maior

A bondade, por muito que se queira esconder, há-de sempre vir ao de cima. Como nesta fábula que os naturais da Coreia contam sobre uma velhinha e os seus filhos.
Há muitos, muitos anos, havia uma viúva velhinha que morava com os seus sete filhos numa zona rural a leste de Seul (Coreia do Sul), nas margens de uma ribeira. Os filhos adoravam a mãe.
Antes de o Inverno chegar, os filhos costumavam ir todos os anos à serra ali em frente cortar lenha para manter a fogueira acesa na loja por debaixo da casa. Pensavam que o chão assim quentinho pudesse permitir à velha mãe dormir uns bons sonos.
Mas, apesar de todos estes esforços, a mãe tinha sempre frio e o seu rosto macilento toldava-se de uma profunda, inexplicável tristeza. Quanto mais os jovens deitavam lenha no lume, mais e velha mãe parecia ter frio. Até mesmo durante o Verão, quando fazia muito calor lá fora, a mãe tremia de frio.
Certa noite, o filho mais velho, acordou de repente com uma estranha sensação. Levantou-se e foi ver como estava a mãe, mas o quarto dela estava vazio. Bastante preocupado, o jovem voltou para a cama e fingiu dormir; mas, na realidade, os seus ouvidos estavam atentos ao mais pequeno ruído de passos.
Eis senão quando, pouco antes do amanhecer, a mãe regressou a casa, caminhando de mansinho para não acordar os filhos.
Na noite seguinte, quando a mãe saiu de casa com um saco na mão, o filho mais velho seguiu-a de longe, curioso de saber para onde ela ia. Em pleno Inverno, a natureza em redor parecia morta.
Ao chegar às últimas casas da aldeia na margem da ribeira, a mulher levantou um pouco as saias e começou a atravessar as águas geladas em direcção à margem oposta, enquanto se ia lamentando: «Meu Deus, que gelada que está! Que frio! Que frio!»
Aí chegada, deteve-se em frente de uma cabana em ruínas e, batendo à porta, começou a dizer baixinho: «Pai, pai, abre!»
Apareceu então à porta um velhinho, que a convidou a entrar. Era um pobre ancião viúvo, muito conhecido nas redondezas, que ganhava uns cobres, que mal lhe davam para sobreviver, fazendo cestas de vimes.
O jovem compreendeu então os sentimentos do nobre coração da mãe. Regressou rapidamente a casa, acordou os irmãos e, juntos, começaram a levar para a ribeira grandes pedregulhos, para fazerem uma passadeira, a fim de que a mãe pudesse atravessá-la sem molhar os pés. Depois regressaram a casa e, deitando-se nas esteiras, adormeceram como se nada tivesse acontecido.
Quando a velha mãe saiu da cabana para regressar a casa, reparou naqueles pedregulhos, que nunca tinha visto ali. Mas nunca imaginou que fossem os filhos a levá-los para lá.
A velhinha sentiu nascer-lhe no coração uma profunda gratidão e rezou assim: «Deuses do céu, fazei com que aqueles que esta obra executaram tenham a dita de se tornarem as sete estrelas do Norte!»
Como recompensa da sua bondade, os sete amorosos filhos, quando morreram, foram sendo transformados pelos deuses nas sete estrelas da Ursa Maior, constelação que no Ocidente indica o Norte.
http://www.alem-mar.org

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Uma história da Amazónia


O caranguejo malvado


(Fábula da Amazónia)



Havia um caranguejo gigante, Unkaju de seu nome, que comia todos os animais que se aproximavam da sua toca. Mas um dia, os pássaros da zona, revoltados contra ele, resolveram atacá-lo e exterminá-lo. É o que nos conta esta fábula da Amazónia.


Num vale atravessado por um ribeiro, vivia um caranguejo gigantesco chamado Unkaju. Tornara-se famoso por matar todos os animais que se aproximavam da sua toca: escondia-se debaixo da água para que não dessem por ele e engolia-os de uma só vez quando vinham ao ribeiro beber.

    Um dia, os pássaros da zona, cansados de verem os amigos e familiares acabar em almoços do crustáceo glutão, reuniram-se e resolveram dar-lhe guerra. Decidiram enviar, primeiramente, em missão exploratória, ao longo da margem do ribeiro, a narceja, escolhida por ter o bico comprido e afiado, capaz de furar a carapaça do caranguejo; depois foi a vez do trombeteiro (assim chamado pela forma do seu bico) e, por fim, a perua. Mas, um a um, foram engolidos pelo caranguejo gigante.

   Furiosas, as aves resolveram acabar com o caranguejo de uma vez por todas.

   Depois de muitas reuniões e muitíssimas discussões, elaboraram um plano de ataque. O tucano, com o seu grande bico amarelo, propôs que se escavasse um túnel. Todos tomaram parte, por turnos, nesta tarefa, cortando com os bicos as raízes das plantas ou removendo a terra até abrirem um túnel, que chegou ao ribeiro. E para terem mais força, iam comendo malaguetas.
    
    Quando a galeria subterrânea ficou pronta, toda a água do ribeiro se escoou por lá e Unkaju ficou no meio do leito seco.

“Agarrem-no, agarrem-no!”, ordenou o tucano do alto de um ramo. Os pássaros pegaram nele pelas patas, e mais rápido que um raio, o tucano perfurou a sua carapaça com o seu poderoso bico. As aves fizeram então uma grande festa, acabando por comer o malvado caranguejo.
Foi o triste fim de Unkaju.


In http://www.alem-mar.org

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mais uma fábula do Benim

O tecido, o ferro e a prata
Por: PAOLO VALENTE

O tecido, o ferro e a prata Desde sempre homens e mulheres dão valor aos objectos materiais. Mas nem todos resistem à erosão do tempo. Os que resistem recebem o seu valor das relações e dos afectos que tecem a vida, a começar pela fidelidade.



Na aldeia havia uma mulher que tinha três filhos. O mais velho chamava-se Tecido, o segundo chamava-se Ferro e o filho mais novo Prata. Viviam felizes com a mãe na aldeia, no meio da floresta. Mas, um dia, uma grande carestia assolou a região, havia pouco que comer e a água escasseava. Os três filhos viram-se forçados a abandonar a casa materna para sobreviver noutros lugares. Antes de partirem, despediram-se da mãe e juraram não a esquecer e voltar para a levar com eles se conseguissem ter sorte.

Passaram-se dias, meses e anos. Os três filhos conseguiram sobreviver e ter êxito na vida. Tornaram-se reis nas aldeias onde se estabeleceram. Mas na luta pela sobrevivência e com o passar do tempo esqueceram-se da mãe. A pobre mulher sobreviveu como pôde, consumida pelas preocupações do dia-a-dia e pela velhice. Passava horas sentada à porta da sua cabana, à espera que algum dos filhos chegasse. Como não tinha quem a ajudasse, foi descuidando o seu aspecto: os seus vestidos gastaram-se e parecia uma pessoa abandonada por todos. Na sua pobreza, porém, não deixou morrer em si o desejo de voltar a ver os filhos. Um dia decidiu deixar a aldeia e pôr-se a caminho à sua procura. Vê-los, beijá-los antes de morrer, era o seu único desejo.

Chegou, assim, à aldeia onde Tecido se tinha tornado rei. Pediu informações do filho, que, segundo ouvira, se tinha tornado rei da localidade. Ao ver o seu aspecto, a gente não acreditou nela e queria impedi-la de chegar à cabana real. Afirmando ser sua mãe, finalmente, conseguiu chegar à presença do rei. Mas a sua desilusão foi grande. O jovem soberano, em vez de se levantar e a abraçar, mandou expulsá-la e pô-la fora da porta. Com o aspecto miserável com que estava, as roupas a desfazerem-se, o seu filho Tecido não a reconheceu. «Uma tal megera não pode ser minha mãe», disse com arrogância.

A mãe, ao sair da aldeia, amaldiçoou-o: «Honrar-te-ão enquanto pareceres bonito… mas acabarás remendado no monte do lixo!» E continuou o seu caminho à procura da aldeia onde Ferro era rei. A cena repetiu-se e a mãe, ignorada pelo filho Ferro, pronunciou entre lágrimas a sua maldição: «Na tua riqueza esqueceste a tua mãe. Os homens dão-te valor agora, mas acabarás os teus dias velho e ferrugento abandonado no monte do lixo.»

Com as forças de que dispunha ainda conseguiu ir até à aldeia onde o filho Prata era rei. Teve de lutar para convencer as pessoas de que era a mãe do rei e a deixassem chegar à sua presença. Mas o sonho dela realizou-se. O filho Prata, ao vê-la chegar, correu ao seu encontro e abraçou-a, sem olhar à sujidade em que ela se encontrava e à sua aparência pobre. Chamou as servas, que imediatamente tomaram cuidado dela, a lavaram e vestiram convenientemente. Tão contente de a ver, o filho fê-la sentar a seu lado.

A alegria da mãe foi tal que não resistiu à emoção... Antes de morrer abençoou-o dizendo: «Prata, meu benjamim, tinhas-me esquecido, mas agora reconheceste-me e remiste-te. Fizeste-me sair da miséria. Para ti vai a minha bênção: os homens amar-te-ão com um amor sem par, farão tudo para te possuir e nunca acabarás no lixo.» A mãe adormentou-se nos braços do filho e, desde então, nunca se ouviu dizer que algum objecto de prata tenha sido encontrado no monte do lixo, onde se encontram sempre tecidos usados e ferro velho.



In http://www.alem-mar.org

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Fábula do Benim


A inveja do rei
Por: PAOLO VALENTE

(fábula do Benim)


      Ter inveja daquilo que os outros têm é uma tentação universal… como universal é a lição: quem se deixa dominar por ela, não encontra o que procura mas acrescenta sofrimento aos dissabores que já tem.



Uma grande carestia afligia a aldeia: ninguém tinha que comer e só um milagre poderia salvar os seus habitantes. Bani não se resignava e cada dia saía de casa à procura de alimento na floresta. Mas o calor tinha secado tudo e era cada vez mais difícil encontrar algo que comer. Um dia, já de regresso à aldeia de mãos vazias, encontrou entre os espinhos uma cabaça de forma alongada. Quando parou e olhou para ela, ouviu uma voz: «Onde vais, sozinho pela floresta?»

Olhou em redor, mas não viu ninguém. Era mesmo a cabaça que lhe falava! Encheu-se de coragem e explicou-lhe que procurava alimento para ele e a família. Ela respondeu-lhe: «Hoje ganhaste o dia: tira-me destes espinhos e pergunta-me o que sou capaz de fazer por ti.» Bani não se fez repetir a ordem, recolheu a cabaça e limpou-a com as mãos, perguntando-lhe: «Cabaça da forma alongada, que sabes tu fazer por mim?» A cabaça começou a vibrar com força e a dizer: «Dou-te papas, dou-te papas!» E imitou o gesto que se faz quando se tiram as papas de milho da panela. E o bonito foi que Bani se encontrou com um prato de papas, que comeu até se saciar, tal era a fome que sentia. Depois de comer, a cabaça disse-lhe: «Leva-me contigo e farás feliz a tua família.»

Bani levou a cabaça debaixo do braço e guardou-a na sua cabana. E com ela, quando chegou a noite, deu de comer à sua família. Bani tinha um irmão, de nome Sani e língua cumprida. Comeu também a sua porção de papas, mas de manhã cedo foi logo dizer ao rei o segredo da cabaça. E o rei, de imediato, mandou chamar Bani. «Ouvi dizer que encontraste uma cabaça que trouxe a felicidade à tua família», disse-lhe o rei, perguntando de que se tratava. Bani contou-lhe a história e mostrou-lhe a cabaça.

O rei fez como Bani lhe contou e perguntou: «Cabaça da forma alongada, que sabes fazer por mim?» Ela respondeu: «Sei dar-te papas!» E de novo, também o rei se encontrou com um belo prato de papas, que comeu com gosto. Mas, para surpresa de Bani, em vez de lhe devolver a cabaça, ficou com ela dizendo: «Trata-se de um assunto que, claramente, diz respeito ao rei, guardar a cabaça.»

Bani ficou furioso e na manhã seguinte não teve outro remédio senão voltar à floresta à procura de alimento. Teve outra surpresa. Viu outra cabaça, de forma diferente, muito mais comprida, que parecia um tubo, um bastão comprido, um grande cacete. «Aonde vais sozinho e zangado?», perguntou-lhe a cabaça. E Bani contou-lhe a história: «Encontrei uma cabaça capaz de dar de comer a toda a minha família e à aldeia, mas o rei tirou-ma e ficou com ela.» A cabaça disse-lhe de novo: «Pergunta-me o que posso fazer por ti.» Ele obedeceu-lhe e ela, agitando-se ameaçadoramente respondeu: «Bater-te, bater-te!» Bani ficou meio atordoado com a pancada, mas depois pensou: «Conheço alguém a quem esta cabaça vai dar uma lição!»

Levou a cabaça debaixo do braço e foi apresentar-se ao rei, dizendo-lhe que tinha encontrado uma cabaça ainda mais prodigiosa que a outra. O rei nem esperou por mais explicações e fez a pergunta: «Cabaça da forma de bastão, que sabes fazer pelo rei da aldeia?» A cabaça começou a agitar-se ameaçadoramente e golpear o rei na cabeça, sem parar. O rei gritava de medo e de dor e apanhou uma valente sova, antes que o filho e os servos conseguissem dominar a cabaça. Depois retirou-se nos seus aposentos, sem contar a história a ninguém.

Desde então na aldeia todos sabem que não é bonito ter inveja daquilo que os outros têm e que não convém a ninguém, nem ao rei, deixar-se dominar pela inveja. Quando se é invejoso pode acontecer que se procure papas de milho e arroz e se encontre lágrimas e sofrimento.

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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Fábula da Costa do Marfim


A Lebre e o Porco-Espinho
Por: Redacção

Para esperto, esperto e meio. Mas, como mostra esta fábula da Costa do Marfim, a esperteza tem o seu preço. E, ao entrar no jogo de enganar o próximo, há que contar sempre com uma resposta à altura.

Durante uma tremenda carestia, o Porco-Espinho e a Lebre puseram-se juntos a caminho em busca de comida. Ao chegarem à primeira aldeia, combinaram que ele continuaria a chamar-se Porco-Espinho e ela Estrangeiro. Bateram à porta do chefe, que os recebeu hospitaleiramente. E disse à esposa para lhes arranjar de comer.

Pouco depois, a mulher trouxe uma bacia de comida dizendo:

– Estrangeiros, aqui têm a comida.

Ambos se precipitaram sobre a vasilha, mas a Lebre disse ao Porco-Espinho:

– Calma, amigo! Se bem entendi, a comida era para o Estrangeiro, que sou eu, pois tu chamas-te Porco-Espinho.

O pobre do animal lá ficou de barriga vazia. Entretanto, caiu a noite. Como tinha muita fome, resolveu ir à procura de comida nos campos em redor. Mas, primeiro, tirou a sua roupa e vestiu a da Lebre, que adormecera de barriga cheia. Comeu tudo o que encontrou: inhame, batatas, cenouras...

No dia seguinte, os habitantes ficaram estarrecidos ao ver os seus campos todos revolvidos e foram ter com o chefe dizendo:

– Foram os estrangeiros que acolheste que nos deram cabo das hortas.

O chefe mandou que viessem à sua presença e disse-lhes furioso:

– Estrangeiros, aqui não há ladrões. Portanto só podeis ter sido vós a destruir tudo.

A Lebre olhou para o Porco-Espinho, que se dirigiu à multidão dizendo:

– Se bem entendi, o chefe disse que foram os estrangeiros os culpados. Ora, eu sou o Porco-Espinho. Só pode ter sido o Estrangeiro (e apontou a Lebre), porque a minha roupa está limpa e a dele está toda suja de terra.

Perguntaram, então, ao Porco-Espinho que castigo se haveria de dar à Lebre e ele respondeu:

– Umas 40 palmadas no rabo devem chegar – respondeu.

Mas a Lebre não se ficou e retorquiu:

– Senhor chefe, eu não saí de casa a noite inteira, porque comi muito bem. Se não acredita em mim, faça-nos vomitar a comida e verá que tenho razão.

Então o chefe mandou dar-lhes uma poção amarga e ambos vomitaram o que tinham comido: a Lebre a comida preparada pela esposa do chefe e o Porco-Espinho o inhame, as batas e as cenouras.

A Lebre tinha razão. Perguntaram-lhe então que castigo se daria ao companheiro:

– Uns 80 açoites devem bastar – respondeu.

Açoitaram-no e expulsaram-nos da aldeia. O Porco-Espinho saiu à frente da Lebre e chegou a uma aldeia de ferreiros, a quem disse:

– Vem ali atrás um criado meu, com dois abanadores à cabeça. São para vós, para abanardes as brasas na forja. E prosseguiu caminho.

Logo que a Lebre chegou, atiraram-se a ela e cortaram-lhe as orelhas. Esta, furibunda, deitou a correr atrás do Porco-Espinho, passou-lhe à frente e encontrou um grupo de caçadores, a quem disse:

– Está a chegar um criado meu com um carrego de setas às costas. São para vós, tirem-lhas!

E eles assim fizeram. A Lebre morria de riso ao ouvir os gritos do companheiro. Era a sua vingança. Mas o Porco-Espinho ainda não dissera a última palavra. Deitou novamente a correr, passou à frente da Lebre, encontrou um grupo de caçadores com cães e gritou-lhes:

– Caçadores, não façam barulho, porque ali atrás vem caça grossa! Ides ter comida para mais de uma semana!

Os caçadores ficaram de atalaia e quando a Lebre apareceu, atiçaram-lhe os cães. Mas ela, espertalhona, fintava-os bem, enquanto ia dizendo de si para si, pensando no Porco-Espinho: «Enquanto não tiveres atravessado o rio, não insultes o jacaré!»

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sábado, 4 de agosto de 2012

Mais uma fábula africana


As três verdades de Guinda
Por: PAOLO VALENTE


(fábula do Benim)

O conto transmite um ensinamento moral universal: a conveniência de dizer a verdade em todas as circunstâncias, custe o que custar. O apego à verdade é sempre garantia de liberdade.

Ninguém no mundo acreditaria se ouvisse dizer que uma hiena poupou a vida de um bode. Mas foi isso que aconteceu, no tempo em que o rei Pètépé decidiu dar em casamento a sua filha mais bonita. O rei fez tocar os tantãs pela aldeia inteira, para congregar todos os pretendentes. Quando os teve na sua presença, disse:

«Aquele que me trouxer a mais bonita jóia do reino terá a mão da minha filha.»

Era um feito praticamente impossível de conseguir. Para encontrar a jóia seria necessário caminhar por sete dias e sete noites, subir montanhas, atravessar rios e correntes. Porque só lá longe havia um ferreiro de reconhecida arte, que tinha a sua forja. Mas, apesar disso, Guinda, o bode, aceitou o desafio. E disse a todos os animais da aldeia que se poria a caminho à procura da jóia mais bonita. Todos os animais abanaram a cabeça em sinal de desaprovação. Preocupavam-se com a sua sorte e deram-lhe um conselho:

«Guinda, tu sabes bem que Prouka, a hiena, se encontra no caminho da tua viagem e o vosso encontro será fatal para ti. Nunca uma hiena poupou a vida a um bode… Deixa estar, resigna-te à tua sorte ou acabarás por ter um fim desagradável.»

Guinda escutou os conselhos dos outros animais, mas não desanimou. Amava demasiado a filha do rei!

«Se é só isso que me deve impedir», disse-lhes ele, «então farei a viagem.» E assim no dia seguinte, apenas o primeiro canto dos galos se ouviu no ar fresco da manhã, ele pôs-se a caminho para a aldeia do ferreiro. Depois de ter caminhado muito e de se encontrar já muito distante da aldeia, ao atravessar uma floresta muito densa o que os seus amigos animais previram aconteceu. De repente, encontrou-se diante de Prouka, a hiena. O bode parou de repente, cheio de medo, e pensou que nada tinha a fazer para escapar: nunca uma hiena tinha poupado a vida a um bode que encontrou no seu caminho! Prouka, ao ver o bode diante de si, ficou tão contente que deu alguns passos de dança.

«Quem te mandou», perguntou ela enquanto se lambia os lábios. «Foi o rei Pètépé», respondeu-lhe Guinda, a tremer como uma folha.

«É o rei que te manda?», retorquiu-lhe a hiena curiosa. Guinda repetiu que sim, sem entender porque é que Prouka perdia tempo a conversar. Mas, de facto, Prouka não mostrava ter pressa. Deu mais uma volta e disse, depois de ter pensado um pouco:

«Então, bode, se é verdade que te mandou o rei, diz-me três verdades e eu poupar-te-ei a vida.»

«Três verdades?», perguntou surpreendido o bode.

«Sim», confirmou a hiena, «diz-me três verdades e deixar-te-ei prosseguir o teu caminho.»

O bode pensou por um pouco e disse-lhe: «Em primeiro lugar, eu sabia bem que o nosso encontro me seria fatal, uma vez que nenhuma hiena poupa a vida de um bode quando o encontra no seu caminho.»

«É verdade», confirmou Prouka. Guinda respirou fundo e continuou: «Em segundo lugar, ninguém me acreditará se, de regresso à aldeia, eu contar que te encontrei e não obstante isso continuo vivo.»

«Bravo», disse-lhe a hiena, «é verdade, ninguém te acreditará.» Guinda viu que a hiena estava calma e divertida e esperava a terceira verdade. Encheu-se de coragem e disse-lhe:

«A terceira verdade é esta: ao vê-la e ouvi-la, senhora hiena, fico com a certeza de que você não está com fome. Penso que comeu bem e no seu estômago não há lugar para um bode forte como eu.» A estas palavras, Prouka abaixou as orelhas e coçou a cabeça: o que Guinda lhe dizia era verdade e ela naquele momento não pode senão admiti-lo e deixá-lo seguir o seu caminho. Guinda chegou à aldeia do ferreiro, que na forja com ferro e fogo lhe fez a jóia mais bonita do reino. Ele fez o caminho do regresso, durante sete dias e sete noites, para entregar a jóia ao rei Pètépé que, para surpresa de todos os súbditos, lhe deu a mão da princesa.

É por isso que, na aldeia, os anciãos dizem que é sempre melhor dizer a verdade, toda a verdade, ao preço de qualquer sacrifício.
In revista Além-mar

terça-feira, 31 de julho de 2012

Conto brasileiro sobre a força do amor


OS AMORES DE UIRAPURU, O PÁSSARO VERMELHO
uirapuru

(Conto tradicional do Brasil)

            Numa aldeia bem escondida na floresta da amazónia vivia uma índia tão linda que quase todos os rapazes sonhavam casar com ela. Alguns já tinham tentado falar-lhe de amor, mas ela só se ria e não dava importância especial a nenhum deles. Certo dia, porém, o feiticeiro da tribo foi procurar os pais da menina e pediu-a em casamento. Aquele pedido era uma honra. No entanto ficaram tristes porque o feiticeiro, velho e feíssimo, tinha várias mulheres e péssimo feitio. Mas não tiveram outro remédio senão chamar a filha e dizer-lhe que se preparasse para a cerimónia mais importante da vida de uma mulher. De nada serviu à indiazinha chorar toda a noite e de nada lhe serviu também fugir para a floresta. O feiticeiro conhecia melhor do que ninguém os esconderijos em redor da aldeia e depressa a encontrou. A menina, desesperada, teve de se submeter à vontade dos pais e casou com o feiticeiro. Em vão tentaram animá-la, pois nem velhos nem novos conseguiram arrancar-lhe uma palavra. A índia mais bonita da tribo passava os dias no mais completo silêncio e só fazia amizade com os pássaros que vinham beber na margem do rio. O seu preferido era um magnífico uirapuru de penas vermelhas que bebia, comia, voava, aproximando-se das pessoas muito mais do que os outros pássaros, mas sem emitir qualquer som.

            ― Talvez se sinta tão triste como eu ― pensava a indiazinha. ― Somos como irmãos.

            Durante muito tempo limitou-se a observá-lo, depois começou a espalhar pelo chão as bagas que ele mais gostava de comer. A partir de certa altura quis oferecer-lhe também água e usou a taça mais bonita que tinha na cabana. O pássaro aparecia todas as manhãs, comia, bebia, espanejava-se sobre a taça, em seguida voava em círculos, desaparecia e só voltava ao pôr-do-sol. A indiazinha esperava-o cada vez mais impaciente. Um dia não resistiu e tentou agarrá-lo para lhe fazer uma festa. No momento em que lhe tocou, o pássaro transformou-se num belo rapaz de grandes olhos pretos e cabelos negros que à luz do sol poente adquiriam reflexos avermelhados. Só então perceberam que não era a amizade natural entre irmãos que os unia, era amor, um amor tão forte que até tivera aquele efeito mágico. Caíram nos braços um do outro e passaram a encontrar-se às escondidas numa outra clareira, longe da margem do rio. Ele chegava sempre na forma de pássaro, debicava os frutos, bebia água fresca que ela lhe preparava e em seguida, roçando-lhe a pele, transformava-se em homem.

            O feiticeiro começou a desconfiar daquelas andanças da mulher. Resolveu segui-la à distância e surpreendeu a cena do encontro. Cego de raiva, preparou uma poção destinada a impedir que o pássaro voltasse a tomar forma humana.

            No dia seguinte, quando a mulher saiu sozinha, pôs-se a soprar numa flauta que tinha o poder de o tornar invisível, embrenhou-se na mata, dirigiu-se à clareira, despejou umas gotas da maldita poção na taça de água fresca e ficou à espera para saborear a vingança.

            O uirapuru, conforme era costume, comeu, bebeu, lavou as penas, mas depois, por muito que afagasse a sua amada com o bico e com as asas, continuou na forma de pássaro. Exasperado, cantou pela primeira vez na vida uma melodia tão suave, tão sentida, que os outros pássaros da floresta se calaram para o ouvir.

            O feiticeiro, radiante, soltou uma gargalhada e apareceu à mulher. Ela num relance percebeu tudo e precipitou-se a beber da água que lhe roubara o seu amado. No mesmo instante transformou-se num uirapuru, de brilhante plumagem vermelha, levantou voo e juntou-se ao companheiro que escolhera e com quem viver o resto da vida. Receando que o feiticeiro conseguisse caçá-los, passaram a esconder-se por entre as copas das árvores mais cerradas e aí cantavam em liberdade, bem longe dos homens e dos seus feitiços.

            Há quem diga que tiveram muitos filhos, muitos netos, muitos bisnetos e que a todos ensinaram que deviam cantar sem se deixarem ver. Por isso ainda hoje, mesmo quem ouve o canto perfeito do uirapuru, raramente o vê.

In Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Rãs, Príncipes e Feiticeiros

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Uma história de S. Tomé


Cantagalo (Uma história de S. Tomé e Príncipe)



Há muitos, muitos anos todos os galos do mundo se refugiavam na Ilha de São Tomé, talvez por ser uma terra lindíssima e boa para viver. Quando o Sol rompia as nuvens, de madrugada, punham-se todos a cantar anunciando um novo dia: «Cocorococó!» A alegria imensa de estarem juntos e o facto de as suas vozes funcionarem bem em coro, levava-os a repetir a cantoria a qualquer hora, esquecendo que incomodavam os outros habitantes da ilha.
Havia pessoas que lhes achavam graça e até gabavam aquela alegria contagiante que enchia a atmosfera de música. Mas a maior parte reclamava: «Isto não pode ser! Precisamos de sossego! Ninguém aguenta esta barulheira...»
Os dois grupos discutiam, uns a favor dos galos, outros contra. E as conversas iam-se tornando tão azedas que por pouco não se envolviam à pancada. Então um homem sensato resolveu tomar medidas para resolver o assunto. Pegou num papel e numa caneta e escreveu a seguinte mensagem para os galos: «Aconselho-vos a emigrarem e a fixarem-se num local afastado onde possam cantar quando lhes apetecer sem se tornarem aborrecidos. Se não aceitarem a sugestão, haverá guerra.»
Os galos, sendo bem-educados e pouco apreciadores de brigas, preferiram partir. Reuniram-se para escolher um rei que chefiasse a expedição; a escolha do recaiu num enorme galo preto, de que todos gostavam muito porque tinha imensas qualidades, e lá foram em busca de um sítio ideal para músicos bem-dispostos e barulhentos que gostavam de gozar a vida sem se tornarem incómodos. Juntos deram voltas e mais voltas pelas ilhas e pelos ilhéus do arquipélago, até encontrarem o que pretendiam. Ali ficaram para sempre e as pessoas batizaram o lugar com o nome de Cantagalo. Esse lugar ainda hoje existe.

História retirada do livro "Rãs, Príncipes e Feiticeiros - Oito Histórias dos Oito Países Que Falam Português. Caminho.



In http://blogdesenvolvimento.blogspot.pt

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Conto popular de Angola


A rã Mainu (conto popular de Angola)



Quando o filho de Kimanaueza chegou à idade de casar, o pai perguntou.-lhe se queria escolher a noiva. Mas ele deu uma resposta surpreendente:

– Não me casarei com uma mulher da terra, só casarei com a filha do senhor SOL e da senhora LUA.

– E como pensas pedi-la em casamento?

– Cá me hei de arranjar.

O rapaz escreveu uma carta e foi pedir a um veado que a levasse. Ele recusou:

– Sendo um animal terrestre, não posso levar ao céu a carta.

– Tens razão, vou arranjar outro mensageiro.

Depois de falar com o antílope que lhe deu uma resposta semelhante à do veado, o rapaz procurou quem pudesse voar. Teve uma conversa com o falcão, que ainda agitou as asas mas desistiu:

– Desculpa, não te posso valer. O céu é muito alto.

Quanto ao abutre, foi mais direto:

– Nem penses. O fôlego só me permite ir até meio caminho.

Desconsolado o rapaz guardou a carta. Acontece que a notícia daquele estranho desejo já se tinha espalhado pela aldeia e chegou aos ouvidos da rã Mainu, que resolveu oferecer os seus serviços. O rapaz ficou admirado e até zangado:

– Como te atreves a dizer que vais ao céu se aqueles que possuem asas garantem que não é possível!

– Dá-me a carta e eu levo-a - insistiu a rã Mainu.

Ele aceitou com maus modos.

– Toma. Mas olha que se não cumprires o combinado, levas uma sova.

A rã não ficou nada aflita. Dirigiu-se ao poço onde o povo do Sol e da Lua costumava abastecer-se de água, prendeu a carta na boca, desceu e ficou quieta.

As pessoas esperadas não tardaram e logo que lançaram o balde à água a rã entrou disfarçadamente e assim viajou até ao céu sem ninguém saber. Chegando ao destino, deu um pulo e foi colocar a carta no quarto do rei Sol e da senhora Lua. Eles ficaram muito admirados quando leram a carta mas aceitaram o pedido. A rã Mainu regressou a casa pelo mesmo processo. A noiva desceu à terra deslizando por um fio especial tecido pela aranha que servia o rei.

O rapaz casou com a filha do senhor Sol e da senhora Lua, foram felizes para sempre e tudo graças à inteligência viva da rã Mainu.


 In http://www.ciadejovensgriots.org.br/Contos_Africanos_Infantis/Gracas_a_ra_Mainu.php

Conto que consta também em Rãs, Príncipes e Feiticeiros (oito histórias dos oito países que falam português), de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações de Danuta Wojciechowska.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

FICHA DE TRABALHO DE PORTUGUÊS- 7º ano- com correção


Nome ___________________ Turma ____ nº ____ data ___________ Prof ____________

         Lê o conto chinês que se segue com atenção e responde às questões com frases completas.
Um problema de interpretação


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          Um homem rico de nome Ting possuía avultados bens, mas era avarento e pouco dado a inovações. Por isso não possuía um poço nas suas terras.
         Como a casa era grande e abundantes as tarefas domésticas, todos os dias um criado tinha de partir para muitas léguas de distância de molde a poder trazer, em quatro baldes suspensos numa vara rija que apoiava sobre os ombros, a água necessária para o serviço da casa.
         Em regra, a água chegava demasiado tarde para alguns desses serviços e, por outro lado, o homem evidenciava um estado de cansaço que acabaria por lhe roubar a vida. Foi então que Ting decidiu, apesar da contrariedade que a decisão lhe causou, mandar construir um poço nas suas terras.
         Quando, ao fim de algumas semanas, se deu conta das vantagens da medida que tomara, desabafou com uns amigos:
         — Foi a melhor decisão que eu podia ter tomado. Agora tenho água sempre que preciso e, mandando abrir o poço perto de casa, acabei por ganhar um homem.
         Prontamente, os amigos do rico Ting trataram de espalhar a notícia. Quando já era contada na terceira ou quarta versão, propagou-se a ideia de que, ao mandar abrir o poço, ele encontrara um homem vivo lá dentro.
         A versão foi-se enriquecendo de terra em terra, de boca em boca, multiplicando-se perguntas do género: “Mas quem é o homem encontrado no poço? Qual é a sua identidade? Como conseguiu sobreviver tanto tempo metida na terra?”
          Assim enriquecida com a imaginação de cada um que a contava com palavras suas, a história chegou aos ouvidos do imperador que mandou chamar Ting à sua presença para saber tudo sobre a misteriosa descoberta.
          Amedrontado na presença do imperador, Ting que, mesmo não se considerando culpado de um ato reprovável, sentia sobre os ombros o peso de uma estranha responsabilidade, explicou com a voz trémula:
          Senhor, o que realmente aconteceu foi o seguinte: mandei abrir um poço nas minhas terras e, ao fazê-lo, poupei o esforço de um criado que todos os dias palmilhava muitas léguas para ir buscar a água de que a minha casa precisa. Por isso comentei com os meus amigos que, assim, acabara por ganhar um homem. Foi só isso que eu disse.
          O imperador sorriu, mandou-o de volta às suas terras e comentou para um dos seus conselheiros:
          — Quantas vezes sou forçado a tomar decisões a partir de histórias que se transformaram à medida que foram passando de boca em boca. Não há nada como ouvir quem, de facto, as viveu.
José J. Letria, Contos da China

I
  1. Explica, por palavras tuas, a primeira frase do texto.
  2. Que tipo de caracterização de personagem está presente em “Um homem rico de nome Ting possuía avultados bens, mas era avarento e pouco dado a inovações.” (ll. 1-2) .
  3. Quais eram os inconvenientes do facto de Ting não ter um poço nas suas terras?
3.1.        Das opções abaixo, seleciona a alínea correta:
3.1.1.   A palavra “terras”, na linha 2, significa
a.    localidade, região, território;
b.    país, pátria;
c.    parte do solo que é possível cultivar.

3.1.2.   A palavra “terra”, na linha 18, significa
a.    localidade, região, território;
b.    poeira, pó;
c.    país, pátria.
  1. Que consequência negativa sucedeu devido à distância do poço que servia as terras de Ting?
  2. Apesar de contrariado, que decisão acaba por tomar Ting?
  3. O provérbio “Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto.” pode ajustar-se a este conto. Porquê?
  4. Justifica o título dado deste conto.
II
  1. Faz a análise sintática da frase “Um homem rico de nome Ting possuía avultados bens” (l.1) e identifica o sujeito, o predicado e o complemento direto.
  2. Completa o quadro seguinte com a classificação dos verbos apresentados:

Verbos
Tempo
Modo
Pessoa
Número
possuía” (l. 1)




decidiu” (l. 9)




tenho” (l. 13)




acabara”(l.30)





3.    Diz a que classe de palavras pertencem os vocábulos sublinhados em Prontamente, os amigos do rico Ting trataram de espalhar a notícia. Quando já era contada na terceira ou quarta versão, propagou-se a ideia de que, ao mandar abrir o poço, ele encontrara um homem vivo lá dentro.” (ll. 15-17).

  1. Atenta no seguinte enunciado: “mandei abrir um poço nas minhas terras e (…) poupei o esforço de um criado” (ll. 27-28).
4.1.        Reescreve a frase, colocando os verbos no Futuro do Indicativo.
4.2.        Agora substitui os complementos diretos por pronomes.
BOM TRABALHO!!!                                                                       A Professora: Lucinda Cunha


Correção:
1.Ting era um homem muito rico, mas tão agarrado ao seu dinheiro que não queria fazer gastos, apesar de estar desatualizado.
2.Caracterização direta.
3.Em primeiro lugar, todos os dias um criado perdia tempo e saúde para ir buscar água; segundo, a água às vezes chegava demasiado tarde.
3.1.1.C
3.1.2. a
4.O empregado que ia todos os dias buscar água acabou por morrer devido ao cansaço.
5. Ting acabou por decidir construir um poço nas suas terras.
6. De facto, este provérbio adapta-se bem a este conto, já que uma afirmação de Ting acabou por ir evoluindo e modificando ao passar de boca em boca, de tal maneira que, no final, já não tinha nada a ver com a declaração inicial.
7.O título deste conto foi bem escolhido, pois a estória desenrola-se em torno da interpretação errada das palavras de Ting, a personagem central, quando afirmou que, ao construir o poço, ganhou um homem. Com esta declaração, Ting pretendia dizer que, com a construção do poço, não precisava de dispensar um homem para buscar a água longe, mas as pessoas acabaram por deturpar essa informação completamente.
II 1.Um homem rico de nome Ting- sujeito
possuía avultados bens- predicado
avultados bens- complemento direto
2- possuía- pretérito imperfeito; modo indicativo; 3ª pessoa; singular
Decidiu- pretérito perfeito; modo indicativo; 3ª pessoa; singular
Tenho- presente; modo indicativo; 1ª pessoa; singular
Acabara- mais-que-perfeito; modo indicativo; 1ª pessoa; singular
3.Ting-nome próprio
Notícia- nome comum contável
Ou- conjunção (coordenativa disjuntiva)
a- determinante artigo definido
de-preposição
abrir- verbo no infinitivo
vivo- adjetivo qualificativo
4.1. mandarei abrir um poço nas minhas terras e (…) pouparei o esforço de um criado(…)
4.2. mandei abri-lo nas minhas terras e (…) poupei-o(…)