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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Adequação discursiva- 10º ano

ADEQUAÇÃO DISCURSIVA
         Chamamos estratégia discursiva ao conjunto de escolhas que um emissor faz, de entre as possibilidades que a língua lhe oferece, para produzir um texto adequado à sua intenção comunicativa, como aos seus objetivos:
         — Fecha a porta — disse eu ao miúdo.
         — Podia, por favor, fechar a porta? — pedi ao inspetor.

         Nestes exemplos podemos ver como o pedido se adequa aos diferentes destinatários, de acordo com a relação que estabelecem com o locutor.
         A ordem por que é apresentada determinada informação também pode ter a ver com a estratégia discursiva: se tiveres uma má notícia a dar, podes optar por atenuar o seu efeito, apresentando-a depois de informações mais agradáveis para o teu interlocutor.

USO ORAL E USO ESCRITO

         A eficácia da comunicação depende de uma correta adaptação do que dizemos à situação de comunicação, o que implica, por exemplo, optar pelo uso oral ou escrito da língua, com as suas marcas diferenciadoras, por uma forma de tratamento ou por outra.
         O seu uso oral coloca emissor e recetor numa mesma situação, num momento dado e num local preciso, com emissão e receção alternadas, o que lhe dá características próprias.
Na comunicação oral, o que fala dispõe de outros meios de expressão (gestos, mímica, entoação…) que permitem a compreensão dos enunciados produzidos:
         — Dá-me essa coisa. (+ gesto)
         — Ele fez assim. (+ mímica, + gesto)
         — Que esperto! (segundo a entoação, pode ter significados diferentes)

Lê o enunciado que se segue e que mantém o mais possível as marcas da oralidade:

— Tamos a fazer um trabalho prà iscola e podias colaborar, tá?
— Colaborar? Hum… Qué qu’queres que faça?
— Podias emprestar a tua câmra…
  Pra quê? Pra dares cabo dela?

Compara agora com a sua versão na língua escrita:
— Estamos a fazer um trabalho para a escola. Acho que podias colaborar,
— O que queres que faça?
— Podias emprestar-me a tua câmara de vídeo.
— Para quê? Para dares cabo dela?

No primeiro texto há marcas de oralidade, como frases curtas, repetições de palavras e expressões, suspensões, contração de palavras… Já no segundo enunciado, a mensagem está ordenada mais logicamente e, por isso, não se verificam repetições nem interrupções de frases.


USO ORAL
USO ESCRITO
Transmissão e receção imediatas da mensagem
Transmissão e receção diferida da mensagem
Emissor e recetor estão inseridos no mesmo contexto
- presença de numerosos elementos deíticos
- emprego de gestos e mímica
Maior necessidade de referência à situação em que ocorre a comunicação

Descrição de gestos e mímica
Entoação, ritmo, acento de intensidade
Uso de pontuação e de sinais gráficos auxiliares, mas que não podem reproduzir exatamente o ritmo, o acento de intensidade do oral
Frases curtas
Frases geralmente mais longas
Frases incompletas cortadas por suspensões e repetições – presença de marcadores discursivos que funcionam como bordões
Ordenação mais lógica da mensagem, com frases completas e articuladas – maior abundância de elementos de coesão (marcadores discursivos)
Predomínio das frases simples e coordenadas
Uso mais frequente da subordinação
Vocabulário menos rico e apurado
Vocabulário mais rico e variado
Contração e distorção das palavras
Domínio das regras da ortografia e da sintaxe


REGISTOS DE LÍNGUA- FORMAL E INFORMAL

Formas de tratamento:

A relação que se estabelece entre os interlocutores (posição social, maior ou menor familiaridade, idade, etc) condiciona o uso de um registo formal ou informal, o que implica, entre outros aspetos, diferentes formas de tratamento:
·         Familiar: tu, querido…
·         Formal: o senhor…
·         Académico: Senhor Doutor, Professor Doutor,…
·         Honorífico: Senhor Presidente, Senhor Primeiro-Ministro, Vossa Excelência…
·         Eclesiástico: Monsenhor, Vossa Eminência, Vossa Santidade,…

Repara que quando te diriges a alguém com quem não tens familiaridade suficiente para o tratares por tu, nem consideras adequado o tratamento por senhor, utilizas uma forma de tratamento  que implica o uso implícito de você (recorre-se ao sujeito nulo subentendido):
         — Está  boa? Como tem passado?
         — A Maria quer vir comigo?
         — A tia vai sair?

Ficha informativa retirada da Gramática Prática de Português, da Lisboa Editora, 2009

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ficha de aferição da leitura de "Dentes de Rato"

Cada item vale 1,5, o que soma 99 pontos. No final é só acrescentar um ponto para perfazer os 100.- NO FIM ESTÃO AS SOLUÇÕES.
     Indica se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F) (cada item vale 1,5 pontos):
1.    Lourença tinha três irmãos: Artur, Francisco e Marta. _____
2.    As outras pessoas achavam que Lourença era uma menina desobediente. _____
3.    Chamavam-lhe “Dentes de rato” por ela ter os dentes da frente grandes e finos. _____
4.    O mais velho de todos os irmãos era Artur. _____
5.    Lourença entendia perfeitamente os adultos por ser muito inteligente. _____
6.    Aos quatro anos, Lourença tirou um retrato com Artur. _____
7.    A mãe era uma mulher impaciente. _____
8.    Quem a consolou quando cortou o cabelo curto foi o tio António. _____
9.    O tio António era muito cuidadoso com as crianças. _____
10. O tio já tinha trabalhado na Ásia. _____
11. O pai de Lourença adorava o Carnaval e fazia coisas fantásticas. _____
12. Quando Falco pintou Lourença com tintura de iodo, a mãe bateu-lhe. _____
13. O filho que mais irritava a mãe era Artur. _____
14. Lourença preferia os cheiros da casa aos do jardim. _____
15. Falco adorava contar histórias que deixavam os outros enojados. _____
16. Quando fez seis anos, Lourença pediu ao pai que tirasse as grades da sua cama. _____
17. Lourença aprendeu a ler durante as aulas que Falco tinha em casa. _____
18. Falco ia ao colégio ter aulas de doutrina cristã. _____
19. Era Marta quem levava Lourença ao colégio. _____
20. Marta era muito cuidadosa quando levava a irmã. _____
21. Lourença gostava de se imaginar da idade da irmã porque gostaria de ser mais velha. _____
22. O dia que Lourença preferia era a quarta-feira porque gostava de apreciar os bois quando havia feira da lenha. _____
23. D. Inês, a professora das primeiras letras de Lourença, tinha um sinal na cara semelhante a uma mosca. _____
24. O Colégio velho era muito antigo e entrava luz por todo o lado. _____
25. Lourença gostava das freiras do colégio. _____
26. Na aula de lavores havia um canário que cantava alegremente. _____
27. Para Lourença, o grupo mais bonito do colégio era o das grandes. _____
28. Lourença não gostava de anjinhos, pois lembravam-lhe meninos mortos. _____
29. Lourença foi a um casamento. A noiva chamava-se Mimosa. _____
30. A casa da noiva pareceu-lhe um palheiro. _____
31. A casa tinha tão mau aspeto que Lourença imaginou que lá dentro morava uma bruxa. ____
32. A noiva parecia desesperada e queixava-se de toda a gente. _____
33.  No casamento, Lourença comeu imensas maçãs. _____
34. Quando regressou a casa, Lourença ia muito satisfeita. _____
35. Um dia, Artur levou-a no seu barco, este virou-se e a menina caiu à água. _____
36. Quem reparou que ela tinha o cabelo cheio de lodo foi Marta. _____
37. O anel da mãe tinha uma pedra azul-escura. _____
38. O pai e a mãe festejavam sempre o aniversário dos filhos. _____
39. A mãe chamava-lhe espírito de destruição porque ela comia muitas maçãs. _____
40. Falco adorava ler revistas policiais. _____
41. Lourença era tão chorona como Marta. _____
42. Aos 15 anos, Artur já conduzia. _____
43. Um dia, o pai comprou uma quinta chamada “Casa de cavaleiros”. _____
44. Na quinta trabalhavam três criados. _____
45. O nome do cão da quinta era “Brilhante”. _____
46. Artur adorava montar armadilhas aos pássaros. _____
47. Uma vez, um primo de Lourença, chamado Dinis, passou as férias na quinta. _____
48. O criado, David, era um homem altíssimo. _____
49. A caseira, D. Teodora, tinha um filho chamado Ataxerxes que era uma simpatia. _____
50. Lourença achava a sua irmã mais bonita que as filhas da caseira. _____
51. Xerxes era muito ligado a Falco. _____
52. Falco ensinou a Xerxes uma série de palavrões. _____
53. Xerxes contou a Falco a história dos Condes de Cavaleiros. _____
54. Quando Marta foi visitar os irmãos à quinta, levou-lhes roupas quentes. _____
55. Marta tinha muito medo dos morcegos. _____
56. A Rosinha era uma cabra. _____
57. A vizinha de Emília e David era chamada “Teresa das questões” porque andava sempre em tribunal. _____
58. O monte da Cividade era um lugar muito antigo onde havia um castro celta que servira de posto de vigia. _____
59. A aldeia que ficava em frente à quinta de Cavaleiros chamava-se “Corvos”. _____
60. Falco e Xerxes foram explorar o monte da Cividade e convidaram Lourença para ir com eles. _____
61. Falco apanhou um tiro na cara disparado por Xerxes, por acidente. _____
62. O caseiro prendeu o filho em casa de castigo por ter acertado em Falco. _____
63. No dia em que Xerxes se libertou, fugiu de casa. _____
64. Quando Lourença voltou para o colégio, estava já muito diferente. _____
65. O tio António ofereceu-lhe um relógio de pulso quando fez nove anos. _____
66. À noite, uma pomba que pousou na sua janela confortou-a. _____
BOM TRABALHO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!                       A PROFESSORA: Lucinda Cunha


Soluções:
1.     V
2.     F- achavam-na sossegada e obediente.
3.     F- os dentes eram pequenos e finos.
4.     F- a mais velha era Marta.
5.     F- Lourença não compreendia os adultos.
6.     F- tirou o retrato com Falco.
7.     V
8.     V
9.     F- o tio era perigoso e irresponsável.
10.   F- em África.
11.   V
12.   F- a mãe bateu em Lourença.
13.   F- Artur desarmava-a porque se ria quando ela lhe ralhava.
14.   V
15.   V
16.   F- aos 5 anos.
17.   V
18.   V
19.   V
20.   F- Marta esquecia-se frequentemente de que levava Lourença consigo.
21.   F- ela achava a irmã e as amigas tolas.
22.   F- Lourença tinha muito medo dos bois.
23.   V
24.   F- No colégio estava sempre escuro lá dentro.
25.   V
26.   F- grilos.
27.   V
28.   V
29.   V
30.   F- parecia um castelo.
31.   F- um ogre.
32.   V
33.   F- bananas.
34.   F- Lourença queria ficar no casamento até ao fim, por isso chorou quando chegou a casa.
35.   F- o barco era de Falco.
36.   V
37.   V
38.   F- o pai nunca se lembrava do aniversário de ninguém.
39.   F- porque ela partia os brinquedos todos.
40.   V
41.   F- Lourença detestava que a vissem chorar.
42.   V
43.   V
44.   F- 2 criados.
45.   V
46.   F- Falco.
47.   V
48.   F- era muito baixo.
49.   F- Xerxes era muito mau.
50.   F- as filhas do caseiro eram mais bonitas que Marta.
51.   V
52.   F- Xerxes ensinou Falco.
53.   V
54.   V
55.   V
56.   F- vaca turina.
57.   V
58.   F- existia lá um quartel romano.
59.   V
60.   F- os rapazes não a deixaram ir.
61.   V
62.   F- o caseiro prendeu-o na adega.
63.   V
64.   V
65.   V
66.   V