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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ficha de trabalho de gramática sobre tempos e modos verbais

Às vezes acontece passarem certas gralhas/ falhas pelo "crivo" da resolução e da correção em sala de aula. O curioso é que nenhum dos meus 36 alunos de 7º ano que resolveram a ficha se aperceberam: no exercício 1, o verbo "dependurar" deve conjugar-se no modo conjuntivo, não indicativo, como se vê na proposta de correção. Pelo facto, peço desculpa e assumo a falta de atenção na revisão da ficha.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ficha de preparação para teste do 7º ano- com soluções


I

Lê o poema com atenção e responde de modo completo às questões que se seguem:

Se…

Se eu tivesse um carro

havia de conhecer

toda a Terra.



Se eu tivesse um barco

havia de conhecer

todo o mar.



Se eu tivesse um avião

havia de conhecer

todo o céu.



Tens duas pernas

e ainda não conheces

a gente da tua rua.



Luísa Dacosta



1.    Verifica que uma leitura do poema nos conduz à sua divisão em partes.

1.1.        Divide-o e justifica a tua divisão.

1.2.        Retira de cada uma das partes marcas do “eu” e do “tu”.

2.    Repara na estrutura formal muito repetitiva do poema.

2.1.        Comprova a existência dessa estrutura transcrevendo duas anáforas.

2.2.        Comenta o seu valor expressivo.

3.    Relê o último terceto e explica o seu sentido, relacionando-o com o título.



II

1.    Conjuga o verbo “escrever” no pretérito mais-que-perfeito composto do Indicativo e do Conjuntivo.

2.     Para cada uma das alíneas seguintes, cria uma frase em que a palavra sublinhada surja com outro significado:

a)    Gosto da quadra natalícia!

b)    O livro que me deste é muito interessante.

c)    O fecho das calças estragou-se.

2.1.        Completa: os pares de palavras do exercício anterior são palavras _____________.

3. Escreve uma frase onde incluas palavras homófonas das que estão sublinhadas:

                           Cem alunos participaram na apanha da noz.

4. As palavras “pobre” e “podre” têm sentidos diferentes, mas formas muito semelhantes. São, por isso, palavras _________________________.

5. Enumera palavras do campo lexical de “família”.

6. Refere se as palavras sublinhadas estão a ser usadas com um sentido denotativo ou conotativo:

a) Ela tem voz de cana rachada.

b) No Brasil há muita cana-de-açúcar.                       A professora: Lucinda Cunha



Correção:

Questões e respostas do grupo I retiradas do manual Língua Portuguesa, 7º ano, da Santillana, p. 205

I

1.1.  A 1ª parte ocupa as 3 primeiras estrofes, ao passo que a segunda parte ocupa apenas a última estrofe. Assim, na 1ª parte formulam-se hipóteses/ desejos, enquanto na segunda parte o sujeito poético se dirige a um “tu”, criticando-o duramente.

1.2.  1ª parte: marcas do “eu”- “eu”, “tivesse” “havia”

2ª parte: marcas do “tu”- “Tens”, “conheces”

2.1. “Se eu tivesse um carro”; “Se eu tivesse um barco”/ “havia de conhecer”; “havia de conhecer”

2.2. A estrutura anafórica do poema pretende acentuar a ambição desmedida do Homem ao querer alcançar coisas grandiosas sem começar pelas mas simples, mas, se calhar, mais difíceis de realizar.

3. Não adianta querer viver num mundo irreal e grandioso. Mais importante do que tudo isso é conhecermos os que nos são próximos, tendo consciência das nossas limitações.

II

1.

Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo
Pretérito mais-que-perfeito do Conjuntivo
Eu tinha escrito
Tu tinhas escrito
Ele tinha escrito
Nós tínhamos escrito
Vós tínheis escrito
Eles tinham escrito
Eu tivesse escrito
 Tu tivesses escrito
Ele tivesse escrito
Nós tivéssemos escrito
Vós tivésseis escrito
Eles tivessem escrito


2.a) A quadra tem 4 versos; b) Livro-me sempre daqueles que me incomodam; c)Se não fecho a janela constipo-me.

2.1. homónimas.

3. Nós não podemos viver um sem o outro.

4. parónimas.

5. mãe, pai, tio, irmão, amor, carinho, amizade, partilha, laços, genealogia, diálogo…

6. a) conotativo; b) denotativo

terça-feira, 12 de julho de 2011

Uma ficha de CEL para Secundário com soluções

 Como não podia deixar de ser, Agualusa é o autor (desculpem, mas gosto do escritor!) e parece-me pertinente propor esta ficha para o 10º ano, visto que Camões lírico faz parte do programa. As soluções vêm no final.
Duas chamadas de atenção: as linhas não coincidem, mas como este documento foi copiado de word, se copiarem de volta devem bater certo (espero!); em segundo lugar, em caso de algum lapso peço desculpa! ;-)

1



5




10




15





20




25




30




35




     Luís de Camões não parece ter gostado das mulheres de Goa. Sobre as portuguesas que encontrou por aqui escreveu ele, em carta a um amigo: “todas caem de maduras, que não há cabo que lhe tenha os pontos, se lhe quiserem lançar pedaço”. Sobre as indianas escreveu pior: “além de serem de ralé (…) respondem-vos numa linguagem meada de ervilhaca, que trava na garganta do entendimento, a qual vos lança água na fervura da maior quentura do mundo”. Linguagem meada de ervilhaca? Sabendo-se que a ervilhaca é uma trepadeira de confusos e enredados caules compreende-se melhor o violento veneno desta metáfora. O poeta terminou, afinal, cativado por uma escrava negra, “de rosto singular, olhos sossegados, pretos e cansados”. Uma “Pretidão de Amor”, Bárbara de seu nome, cuja beleza inspirou um dos mais extraordinários poemas escritos em língua portuguesa: “Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda a mansidão, que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas Bárbara não”.
     Quando vi K. pela primeira vez lembrei-me logo dos versos de Camões. Foi isto em Baga, uma praia poucos quilómetros a norte de Pangim, entre Candolim e Anjuna, durante um espétaculo de moda produzido pelos novos estilistas goeses. As noites em Baga são famosas. A vila, pequena, é composta quase só por restaurantes e casas que vendem artesanato. A festa foi no Tito’s, um bar que fica aberto até de madrugada, com vários ambientes e uma pista de dança ao ar livre. Gostei do desfile. A Índia tem excelentes estilistas, capazes de combinar a exuberância ruidosa, a assombrosa opulência do folclore local, com as exigências práticas da vida moderna. Olivier Bastos, o pianista, que foi quem me levou a Baga, disse-me que alguns destes estilistas goeses, em cujas mãos os tecidos mais antigos ganham novas formas sem no entanto perderem a nobreza, já são reconhecidos em todo o país.
     Também gostei das modelos, todas elas, soube depois, vindas de Bombaim. K. foi a terceira a pisar a passarela. “Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados, Mas não de matar. Uma graça viva, Que neles lhe mora, Para ser senhora De quem é cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os louros são belos. Pretidão de Amor, Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda mansidão, que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas bárbara não. Presença serena Que a tormenta amansa; Nela, enfim, descansa Toda a minha pena”. Olivier percebeu o meu espanto:
     É sul-africana explicou. O pai, médico, vive em Bombaim. A mãe está em Londres. O pai é meu primo, é goês, mas trabalhou muitos anos na África do Sul.
     No fim do desfile as manequins passearam pelo palco, para entusiasmo do público, apenas com um lenço de seda amarrado à cintura e uma folha de bananeira cobrindo os seios. K., com aquela alegre indulgência de que falava Camões, deixou cair a folha (aplausos), mas nenhuma das restantes modelos a imitou.
José Eduardo Agualusa, Um estranho em Goa, Biblioteca editores Independentes


Responde às questões assinalando as alíneas corretas (cada alínea vale 5 pontos):

1.    Na primeira frase do texto, com o uso do verbo “parecer”,
a.    o enunciador introduz informação acessória no texto.
b.    o enunciador apresenta uma possibilidade.
c.    o enunciador confirma uma ideia anterior.
d.   o enunciador exprime uma oposição.

2.    A oração “que encontrou por aqui” (l. 2) trata-se de uma oração
a.    subordinada adverbial causal.
b.    subordinada substantiva completiva.
c.    subordinada adjetiva relativa restritiva.
d.   subordinada adjetiva relativa explicativa.

3.    A palavra “pior” (l. 4)
a.    trata-se do grau comparativo de superioridade do advérbio “mal”.
b.    trata-se do grau comparativo de superioridade do adjetivo “mau”.
c.    trata-se do grau comparativo de superioridade do adjetivo “mal”.
d.   trata-se do grau comparativo de superioridade do advérbio “mau”.

4.    A oração “que trava na garganta do entendimento” (l. 5) é uma oração
a.    subordinante.
b.    subordinada adverbial comparativa.
c.    subordinada adjetiva relativa restritiva.
d.   subordinada adjetiva relativa explicativa.

5.    Na palavra “extraordinários” (l. 11) o prefixo tem valor de
a.    substituição.
b.    intensidade.
c.    movimento.
d.   repetição.

6.    A palavra “logo” (l. 14) é
a.    uma conjunção conclusiva.
b.    um advérbio de predicado.
c.    uma preposição temporal.
d.   um advérbio conectivo.

7.    Na forma verbal “lembrei-me” (l. 14), o pronome “me” tem valor
a.    inerente.
b.    de reciprocidade.
c.    impessoal.
d.   de reflexividade.

8.    No que concerne à mesma forma verbal, o verbo “lembrar-se” é
a.    intransitivo.
b.    copulativo.
c.    transitivo direto.
d.   transitivo indireto.

9.    Que função sintática é exercida pelo enunciado sublinhado na frase “Quando vi K. pela primeira vez lembrei-me logo dos versos de Camões.”?
a.    Sujeito.
b.    Predicativo do complemento direto.
c.    Complemento direto.
d.   Complemento oblíquo.

10. Que função sintática é exercida pelo enunciado sublinhado no excerto “durante um espétaculo de moda produzido pelos novos estilistas goeses.”?
a.    Complemento agente da passiva.
b.    Complemento indireto.
c.    Complemento oblíquo.
d.   Modificador do grupo verbal.

11.Na linha 16, o adjetivo “novos” é
a.    relacional.
b.    numeral.
c.    qualificativo.
d.   temporal.

12.O uso das vírgulas na linha 17 (“A vila, pequena,”) deve-se à apresentação de
a.    uma enumeração.
b.    uma adjetivação.
c.    um modificador apositivo.
d.   um vocativo.

13.Na frase “A vila, pequena, é composta quase só por restaurantes e casas que vendem artesanato.” (ll. 17-18) o complexo verbal compõe-se de
a.    verbo auxiliar dos tempos compostos + verbo principal.
b.    verbo auxiliar  da passiva + verbo principal.
c.    verbo auxiliar modal + verbo principal.
d.   verbo auxiliar aspetual + verbo principal.


14.O verbo “gostar”, na linha 19, rege
a.    um complemento oblíquo.
b.    um predicativo do sujeito.
c.    um predicativo do complemento direto.
d.   um complemento direto.

15. No enunciado “Olivier Bastos, o pianista, que foi quem me levou a Baga, disse-me que alguns destes estilistas goeses(…) já são reconhecidos em todo o país.” (ll. 21-24), a oração sublinhada é
a.    a oração subordinante.
b.    uma oração subordinada substantiva completiva.
c.    uma oração substantiva relativa sem antecedente.
d.   uma oração subordinada adjetiva restritiva.

16.O pronome “me”, nas linhas 21 e 22, exerce a função sintática de
a.    sujeito.
b.    complemento direto.
c.    complemento indireto.
d.   complemento oblíquo.

17.No enunciado “Que a neve lhe jura Que trocara a cor.” (ll. 29-30), apesar de conjugado no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o verbo “trocara” tem valor de
a.    presente do indicativo.
b.    pretérito imperfeito do conjuntivo.
c.    condicional.
d.   infinitivo impessoal.

18.No enunciado “Bem parece estranha, Mas bárbara não” (l. 30), quanto à classe de palavras, a palavra “bárbara” é
a.    um nome próprio.
b.    um nome comum contável.
c.    um adjetivo qualificativo.
d.   um nome comum não contável.

19.No excerto “Nela, enfim, descansa Toda a minha pena”(l. 31), “Toda a minha pena” desempenha a função sintática de
a.    sujeito.
b.    complemento direto.
c.    predicativo do sujeito.
d.   complemento oblíquo.

20.Na frase “O pai, médico, vive em Bombaim.” (l. 33), estamos perante um ato ilocutório
a.    compromissivo.
b.    diretivo.
c.    indireto.
d.    assertivo.

A professora: Lucinda Cunha

Soluções

1-b
2-c
3-a
4-d
5-b
6-b
7-d
8-d
9-d
10-a
11-c
12-c
13-b
14-a
15-b
16-c
17-c
18-c
19-a
20-d