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segunda-feira, 17 de março de 2014

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Mais um dos meus poemas dedicados às "confusões" da língua :-D

O PINTO AÉREO

Era uma vez um pinto,
Estudante, por sinal;
Estava sempre distraído,
Era aéreo, o animal.

Estava nas aulas pensativo
A sonhar com os intervalos.
Se a professora o chamava
Dizia:”Sim, gosto de cavalos!”.

Toda a turma ria, ria…
Sempre que o pinto abria a boca
Não dizia nada certo.
Mas que grande cabeça oca!

Chegou então o fim do ano,
Toda a turma estava vaidosa!
Todos, menos o pinto sonhador
Que levou para casa a raposa.

Foi aqui que começou
Uma grande confusão.
O pintainho chega a casa
Com as notas da escola na mão.

Eis que o pai sai alvoroçado
Do seu calmo galinheiro,
Corre a gritar espavorido,
Berra pelo quintal inteiro:

“Trouxe para casa a raposa!”
Diz ele com convicção.
“Mas que pinto preguiçoso,
O meu filho mandrião!”

As galinhas, que apanhavam,
Descansadas o milho do chão,
Desatam a correr desnorteadas.
Nunca vi tal aflição!

Pensavam que a raposa
Era o tal bicho matreiro
Que às vezes espreitava
Lá para dentro do terreiro.
(Lucinda Cunha)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Brincar com a língua :-D


Neste Dia Mundial do Livro, aqui fica uma brincadeira sobre o campo semântico da palavra "macaco" e os seus variados usos.



Um animal bem divertido
que povoa a linguagem
é nosso parente afastado:
é o macaco selvagem!

Tanto se encontra no sótão,
a fazer o que ele quer,
como se tira do nariz!
Coisa feia de se ver!

Se alguém te vem chatear
e te deixa a cabeça em cacos,
há uma fácil solução:
mandá-lo pentear macacos!

Vejam só, que coisa espantosa!
Há macacos que são fatos!
São macacos que se  vestem
nos mais variados atos.

Quando acontece a pouca sorte
de termos um pneu furado,
só resolvemos a situação
se estiver na mala do carro.

Têm um planeta que é só seu,
onde são donos e senhores.
Não sei onde ele fica,
mas vou contigo, se tu fores.
(Lucinda Cunha- 23-04-2013)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Soneto a um professor desempregado

Fica aqui a minha homenagem a todos os professores desempregados que sofrem por lhes estar a ser negada a sua razão de viver! Um poema em medida nova, para falar de um velho problema, mas cada vez mais presente. Querem acabar com o nosso sonho, mas nós não vamos deixar que se transforme em pesadelo!


Vem amor! Vem deitar-te aqui comigo!
Deixa todos os problemas lá fora
E para de sofrer. Agora é hora
De dormir e não pensar no castigo

Que é ser na vida um pobre sem abrigo,
Sem escola. O que é necessário agora
É olhar em frente e, sem mais demora,
Saberes que tens aqui um ombro amigo.

Bem vejo como são longos os meses
Que passas longe dos livros da escola.
Sacode a tristeza e verás! Por vezes

A esp'rança renasce antes de sumir.
Limpa as lágrimas, pega na viola,
Que destruir-te não vão conseguir!
Lucinda Cunha (17-04-2013)