I
Compreensão
do oral
Ouve
atentamente a gravação de uma fábula africana, “O coelho e o cágado”. De
seguida escolhe a alínea que completa corretamente cada uma das afirmações:
1. O coelho e o cágado eram
a. vizinhos.
b. amigos.
c. familiares.
2. Um dia decidiram
a. semear feijão juntos.
b. comer feijão juntos.
c. comprar feijão juntos.
3. Quando se preparavam para comer o feijão, o coelho disse que
a. esperaria pelo cágado enquanto ele ia resolver um assunto.
b. tinha de ir dar um recado, mas que não demoraria.
c. ia dar um recado, mas o cágado podia ir começando a comer.
4. O coelho começou a atirar pedras ao cágado porque
a. viu que o companheiro estava a comer sem esperar por si.
b. o viu a espalhar cascas à volta da panela.
c. queria que ele se afastasse da panela.
5. Quando o cágado fugiu das pedradas, o coelho
a. comeu tudo sozinho.
b. dividiu o feijão com os macacos.
c. limpou as cascas que estavam espalhadas.
6. Quando descobriu que era o coelho que lhe atirava pedras, o cágado
a. ameaçou-o com os espíritos que habitavam o riacho.
b. escondeu-se por detrás de uns arbustos.
c. decidiu enganá-lo também.
7. O cágado propôs ao coelho que atirassem o feijão ao rio porque
a. queria acalmar os espíritos dos antepassados.
b. sabia que o coelho não poderia chegar ao feijão.
c. queria mostrar que era capaz de viver dentro de água e fora dela.
8. O coelho concordou com a proposta do cágado porque
a. se arrependeu das pedradas.
b. era supersticioso.
c. queria ser simpático.
9.O coelho e o cágado enganaram-se um ao outro
a.e deixaram de trabalhar juntos.
b.mas, no fim, reconciliaram-se.
c.e deixaram de ser amigos.
10.Qual destes provérbios serviria de título ao conto?
a.Amor com amor se paga.
b.O hábito não faz o monge.
c.Quem não arrisca não petisca.
II
Leitura
Lê
a lenda com atenção e, de seguida, responde às questões:
OS
PASSOS DE DONA LEONOR
1
5
10
15
20
25
30
|
Viviam em tempos em Peniche dois homens ricos e
poderosos que se odiavam mortalmente. Sucedeu que o filho de um deles,
Rodrigo, e a filha de outro, Leonor, se amavam com a mesma intensidade com
que as suas famílias se detestavam.
Tal
idílio repugnava igualmente aos pais dos dois e Rodrigo foi obrigado pelo seu
a professar no mosteiro Jerónimo da Berlenga.
Este
mosteiro estava separado do Cabo Carvoeiro apenas por um pequeno estreito. Os
monges habitaram-no durante um século mas os assaltos dos ingleses e dos corsários
argelinos obrigaram-nos a mudar-se para Vale-Bem-Feito, onde construíram um
novo edifício.
Rodrigo
acatou as ordens do pai e tomou os hábitos, com o coração destroçado. O seu
único consolo era uma vaga esperança que o tempo suavizasse o ódio que separava
as duas famílias e tornasse possível a sua união com Leonor. Eis como, no
entanto, depressa encontrou uma maneira de escapar à sua prisão e de tornar a
separação menos cruel. Muitas noites, quando os outros frades já se haviam
recolhido, Rodrigo abandonava silenciosamente o mosteiro e, acompanhado por
um velho pescador, cruzava o estreito que separa a Berlenga do cabo Carvoeiro
numa pequena embarcação.
Desembarcava
ao sul da península de Peniche, num pequeno porto que hoje se chama o
carreiro de Joana. Ali, numa gruta escavada na rocha, esperava-o Leonor, que
anunciava a sua presença acendendo uma luzinha assim que avistava o barquito.
Uma
noite, ao aproximar-se do sítio do costume, Rodrigo não viu a luz. Chamou por
Leonor mas só lhe respondeu o eco da sua própria voz. De repente, notou uma
coisa que flutuava ao lado da embarcação: era a capa da amante. Sem refletir
um segundo e antes que o seu acompanhante o pudesse evitar, atirou-se à água,
afundando-se nas profundezas do mar.
Rodrigo
tinha adivinhado a trágica sorte de Leonor.
Ela
esperara-o na gruta, como em outras noites, mas havia sido surpreendida pela
chegada do pai e dos irmãos.
Ao
ouvir as suas vozes, quis esconder-se e fugiu, saltando de rocha em rocha mas
calculou mal um passo e caiu à água. O mar arrastou o seu corpo.
No dia seguinte foram encontrados os cadáveres dos dois
apaixonados. O dela jazia entre os penhascos que bordejam o lugar hoje
chamado Os Passos de Dona Leonor e o dele num banco de rochas situado a leste
d’Os Remédios, conhecido hoje com o nome de O Sítio de Dom Rodrigo.
Lendas da Europa, Texto Editores, 1991
Vocabulário
Idílio (linha 4) – amor simples e puro
professar (linha 4) – ingressar; entrar;
tomou os hábitos( linha 9) –
tornou-se frade.
|
Escolhe, em cada item, a
opção correta.
1.
Rodrigo
e Leonor eram filhos de duas famílias
a.
ricas
e poderosas, que se desentenderam. __
b.
ricas,
que se odiavam mutuamente. __
c.
ricas
e poderosas, que se frequentavam. __
2.
Estas
famílias viviam
a.
em
Peniche. __
b.
em
Vale-Bem-Feito. __
c.
no
Cabo Carvoeiro. __
3. Rodrigo
e Leonor amavam-se com a mesma intensidade com que as suas famílias se
detestavam.
A frase anterior
significa que
a.
o
amor dos dois jovens era mais intenso do que o sentimento que opunha as duas
famílias.__
b.
os
dois jovens amavam-se sem ligarem ao sentimento que opunha as duas famílias. __
c.
a
intensidade do amor dos dois jovens igualava a intensidade do ódio entre as
respetivas famílias. __
4.
Rodrigo
foi obrigado a ir para um mosteiro e aceitou a decisão
a.
com
a condição de, mais tarde, poder casar com Leonor. __
b.
convencido
de que, com o tempo, o problema se resolveria. __
c.
pois
sabia que iria encontrar-se às escondidas com Leonor. ___
5.
Para
vencer a separação, algumas noites,
a.
Rodrigo
ia encontrar-se com Leonor em Peniche. __
b.
Rodrigo
encontrava-se com Leonor num barco de um pescador. __
c.
um
pescador transportava os dois jovens até uma gruta. ___
6.
Certa
noite, Rodrigo viu a capa de Leonor a boiar sobre as águas e, de imediato,
a.
se
atirou à água, para tentar encontrar e salvar a amada. __
b.
mergulhou
no mar, apesar das tentativas do pescador para o impedir. __
c.
se
lançou à água, pois percebeu que a amada morrera. __
7.
O
que tinha acontecido foi que Leonor
a.
caíra
à água quando procurava esconder-se do pai e dos irmãos. __
b.
caíra
à água porque se tinha assustado com as vozes do pai e dos irmãos. __
c.
mergulhara
no mar para se esconder do pai e dos irmãos, tendo sido arrastada. __
8.
Esta
lenda pretende
a. provocar uma reflexão sobre as
consequências da desobediência. __
b. explicar a origem do nome de dois
locais. __
c. ilustrar o provérbio que diz o amor proibido é o mais apetecido. __
III
Gramática
1.
Era
difícil que uma história trágica como esta se passasse atualmente, em Portugal.
Agora eles e elas têm liberdade de escolher a sua vida.
1.1.
Indica palavras da frase que pertençam à classe ou à subclasse indicadas:
a.
um
nome comum __________________________
b.
um
determinante artigo definido ______________________
c.
um
determinante possessivo __________________
d.
um
adjetivo ___________________
e.
um
pronome pessoal _________________
f.
um
pronome demonstrativo __________________
g.
uma
preposição ___________________
1.2.
A forma verbal “passasse” está
a.
no
pretérito imperfeito do conjuntivo. __
b.
no
futuro do conjuntivo.
c.
no
pretérito imperfeito do indicativo. __
d.
no
presente do conjuntivo. __
2.
Atenta nas frases:
Aquele
amor era muito intenso.
A
hera cobria as paredes da casa.
2.1.
As
palavras sublinhadas são
homónimas. ___ homófonas. ___ homógrafas. ___ parónimas. ____
2.2.
Na
primeira frase, o adjetivo “intenso”
encontra-se no grau
normal. __ superlativo
absoluto sintético. __
superlativo absoluto analítico. __ superlativo relativo
de superioridade. __
3. Na frase “Rodrigo viu a capa da amante na água.”, as palavras
sublinhadas desempenham a função sintática de
sujeito. ____ predicado. ____ complemento direto. __
complemento indireto. __
4. Divide e classifica as orações desta
frase complexa. (Reescreve as orações nas linhas abaixo e classifica-as à
frente.)
Os dois jovens morreram
porque o seu amor foi proibido.
IV
Escrita
 |
Mario Eloy, Amor, 1935 |
Observa
atentamente o quadro e escreve o texto que ele te sugere: uma descrição,
um poema, uma breve história… O teu texto deverá ter entre 10 a 15 linhas.
*********************
Atenção: *Antes de redigires o texto,
esquematiza, numa folha de rascunho, as ideias que pretendes desenvolver na
introdução, no desenvolvimento e na conclusão (planificação);
*Tendo em conta a tarefa,
redige o texto segundo a tua planificação (textualização);
*Segue-se a etapa de revisão, que te permitirá
detetar eventuais erros e reformular o texto. Para tal, consulta o conjunto de
tópicos que a seguir te apresento:
Tópicos de
revisão da Expressão Escrita
|
Sim
|
Não
|
Respeitei
o tema proposto?
|
|
|
Estruturei
o texto em introdução, desenvolvimento e conclusão?
|
|
|
Respeitei
as características do tipo de texto solicitado?
|
|
|
Selecionei
vocabulário adequado e diversificado?
|
|
|
Utilizei
um nível de linguagem apropriado?
|
|
|
Redigi
frases corretas e articuladas entre si?
|
|
|
Respeitei
a ortografia correta das palavras?
|
|
|
Respeitei
a acentuação correta dos vocábulos?
|
|
|
Identifiquei
corretamente os parágrafos?
|
|
|
A
caligrafia é legível e sem rasuras?
|
|
|
BOM TRABALHO!
A
DOCENTE: Lucinda Cunha
Proposta de correção
I-
Texto
retirado da net, da página indicada abaixo; consta no manual Diálogos 7, da Porto Editora, no caderno
do professor, págs. 12-13- as questões foram retiradas deste manual (com leves
adaptações).
O
Coelho e o Cágado
O coelho e o cágado
eram amigos.
Certo dia, combinaram semear, juntos, feijão jugo.
Quando o feijão ficou maduro, colheram-no e foram cozê-lo.
Enquanto preparavam a refeição, o coelho disse: "Amigo, lembrei-me agora
que tinha de ir dar um recado a uma pessoa. Não me demoro, volto já". O
cágado prometeu que esperaria por ele.
Tendo-se afastado uns metros, o coelho começou a atirar pedras contra o
companheiro. Este, vendo-se numa situação inesperada em que corria o perigo de
apanhar uma pedrada, fugiu e deixou abandonada a panela do feijão. Então, o
coelho aproximou-se e comeu tudo sozinho. Depois espalhou as cascas à volta.
Quando o cágado regressou, passado o medo, o coelho mostrou-se aborrecido. O
cágado pediu desculpas e disse: "Se calhar foram os macacos".
"Se calhar", respondeu o coelho.
Nos dias seguintes, o coelho repetiu a cena e foi comendo sozinho o feijão.
Um dia, o cágado que já havia muito que andava desconfiado daquelas saídas do
coelho à mesma hora, fingiu que fugia quando o coelho começou a atirar-lhe
pedras. Escondeu-se por detrás de uns arbustos e observou atónito quem era
afinal o autor das pedradas. E resolveu por sua vez pregar-lhe uma partida.
Disse o cágado: "Olha amigo, desde que colhemos o feijão, não nos
lembrámos dos espíritos dos nossos antepassados. Eles habitam este riacho. Se
calhar até são eles quem nos anda a atirar pedradas. Atiremos, pois, algum
feijão para o rio". O coelho, que respeitava as crenças e ficava cheio de
medo quando se falava em espíritos, concordou com o cágado e atiraram todo o
feijão à água. O cágado, que tem possibilidades de viver na água e fora dela,
entrou para dentro do rio e comeu o feijão todo. A cena repetiu-se nos dias
seguintes.
O coelho não estava a gostar da situação. Desconfiado, enfiou um dos feijões
num anzol. Quando o cágado mergulhou para comer o feijão, comeu o que tinha o
anzol e o coelho pescou-o.
A partir daí, a amizade entre ambos terminou.
(Lourenço Joaquim da Costa Rosário)
1. b; 2.a;
3. b; 4. c; 5. a; 6. c; 7. a; 8. b; 9. c; 10. a
Grupos II,
III e IV- questões retiradas do manual Diálogos
7, pp. 14-17:
II. 1b; 2a; 3c; 4b; 5a; 6c; 7a; 8b
III. 1.1
a.
história, liberdade, vida
b. a
c. sua
d.
difícil, trágica
e. eles,
elas
f. esta
g. em, de
1.2. a
2.1.
homófonas
2.2.
superlativo absoluto analítico
3.
complemento direto
IV- Resposta livre